(IN) SEGURANÇA PÚBLICA

COMENTÁRIO DE GILMAR GONÇALVES

Ouvimos inumeras vezes, a frase "A Sociedade prepara o crime e o criminoso comete" que nem faço questão de saber a autoria da aludida frase, mas que oportunamente sintetiza os momentos de inversão de valores aos quais estamos nos acostumando, com se isso fosse praxe e intrinseco ao nosso cotidiano.

Podemos perfeitamente estabelecer uma linha tênue entre o pensamento expedido e relacioná-lo com as condutas do mundo do crime que gera toda essa insegurança pública, donde podemos concluir numa análise menos profunda que essas condutas desviantes é fruto da resignação da propria sociedade.

A questão em tela passa primordialmente por uma abordagem as raízes sociológicas em especial no distanciamento e cada vez mais a divisão em grupos menores de inter-relacionamento.

O ser humano desde o berço da civilização vem procurando se comportar dentro das necessidades para o agrupamento em comunidades, como ser racional e social que é, respeitando sempre as regras de conduta adotadas nos meios de civilização. Essas regras sempre funcionaram como um elo de ligação em relação as condutas permissivas e as de fato praticadas, buscando sempre a paz no convívio social. Ao analisarmos essas premissas, podemos uniformizar o entendimentode que como seres socais concorremos para as práticas de tais desvios, sempre pautados pela lógica máxima da melhor convivência dentro das sociedades.

Essas condutas desviantes tornam-se reais pelo simples fato de tais condutas serem vedadas pelo nosso ordenamento jurídico que acaba por convalidar a existência desses delitos.

Então se lograrmos pensamento exitoso nessa linha de racicíonio chegamos rapidamente as ilações de que realmente a "sociedade prepara o crime e o indivíduo apenas comete" por agirmos com condutas omissivas, que aduzidas com egoismo, indiferença e falta de solidariedade, de forma que os agentes causadores dessa insegurança são vítimas em potenciais da nossa omissão.

Por fim vale dizer que o ser humano quase como regra agem diante dos problemas sob a ótica individual e separatista, tomando para si as dores somente quando somos destinatários diretos dessa inversão degradadora da condição humana, que avilta e humilha em nossos sentimentos, mas que somente somos despertados quando a cozinha arrombada é a nossa.

Enquanto isso permanecemos inerte, vendo pelas cortinas as sequelas causadas aos nossos pares, mandando outros igualmente humanos para o sub-mundo do crime e da exclusão social e huamana.

Abraços

Gilmar Goncalves